O universo não se importa se a Terra sucumbir. De fato, somos inferiores a uma poeira cósmica... mas para nós, simples seres terrenos, este Planeta Azul tem um valor inimaginável.
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Você sabia que no dia 29 de agosto de 2019, o Planeta Terra atingiu o ponto máximo de uso de recursos naturais que poderiam ser renovados sem ônus ao meio ambiente? Em 2019, a humanidade atingiu a data limite três dias antes que em 2018 – e mais cedo do que em toda a série histórica, medida desde 1970. Isso significa que, a partir de 29 de agosto de 2019, todos os recursos usados para a nossa sobrevivência (água, mineração, extração de petróleo, consumo de animais, plantio de alimentos com esgotamento do solo, entre outros pontos) entraram em uma espécie de "crédito negativo" para a humanidade.
O curioso é que neste mesmo mês, dez dias antes, em 19 de agosto de 2019, o Business Roundtable, encontro que reúne as 200 maiores corporações americanas do mundo anualmente, reuniu 181 empresas que, juntas, somam um faturamento de US$7 tri e empregam mais de 15 milhões de funcionários, que lançaram a Declaração sobre o Propósito de uma Corporação, na qual todos os stakeholders deveriam ser considerados nas decisões tomadas para andamento de seus negócios, incluindo a preocupação genuína com o impacto socioambiental, seus colaboradores e a comunidade na qual se inseriam. Transformaram a visão restrita e míope de privilegiar os resultados para os acionistas, em uma visão sistêmica que visa privilegiar a sustentabilidade dos negócios em médio e longo prazo, considerando todos os impactos para se chegar aos resultados almejados. O foco passou DE “SHAREHOLDERS” para “STAKEHOLDERS”.
Vale lembrar que a Business Roundtable publica, periodicamente, desde 1978, os Princípios de Governança Corporativa e, desde 1997, endossava a primazia dos acionistas, pois declarava que as empresas deviam, em primeiro lugar, servir aos acionistas. E quem já trabalhou em uma multinacional percebe de forma clara este posicionamento que norteia o mundo dos negócios globais de uma maneira mais contundente: lucro, lucro a qualquer custo.
Mas o nosso planeta não aguentará por muito tempo esta dinâmica socioeconômica. A pandemia vem nos jogar no modo “ alerta”, o curioso é que dos 10 grandes riscos de colapso da economia sinalizados no último World Economic Forum que aconteceu em Davos, no comecinho de 2020, 4 deles apontavam para os riscos de crises ambientais. E assim como não estamos livres de uma nova pandemia, não estamos livres de catástrofes ambientais que há tempos já vem sendo sinalizadas e que poderão, sim, destruir ainda mais nosso tão prepotente modelo de sobrevivência. E, nesta semana, em que celebramos o Dia mundial do Meio Ambiente *, fica a reflexão:
Para o Cosmo, não somos nada, mas o nada é o TUDO que temos para assegurarmos a nossa sobrevivência e a sobrevivência das nossas futuras gerações.
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